domingo, 30 de outubro de 2016

Jejum Intermitente e os Dogmas da Nutrição

Olá pessoas queridas.

Com o regresso ao trabalho, tenho menos tempo para me dedicar às redes sociais, mas gostava de vos falar no jejum intermitente.

Há cerca de um mês, iniciei a minha jornada Cetogenica/Low Carb.
Com esta loucura, acabei por quebrar alguns dogmas em que acreditava veementemente.

Seria impensável para mim, nos últimos dois anos, não tomar o pequeno-almoço, e comer pão, cereais, lacticínios e afins, seria o mais correcto .
Comia ovos também, mas via a gema como sendo uma inimiga a evitar.

Muita coisa mudou por aqui. Não só não tomo o pequeno-almoço, como também não tenho fome...

Costumava comer de 3 em 3 horas, carregava inúmeras refeições comigo e estava constantemente preocupada em alcançar os objectivos de macronutrientes diários, sem exceder os limites calóricos.

Sei que isto pode parecer estranho, mas temos que parar para pensar e tentar interpretar a nossa história enquanto seres humanos.

Duvido que os meus avós comessem de 3 em 3 horas. Estou capaz de jurar que o que comiam de manhã, era uma refeição indiscriminada, ou seja, não era algo que só se comia àquela hora específica,  como é caso de cereais por exemplo, que são especialmente feitos para o pequeno-almoço.

Alguma pesquisa, trouxe-me à conclusão de que jejum intermitente é o caminho mais correcto para mim. Como de forma a me nutrir, tal como fazia anteriormente.

Mas com 6 ou 7 refeições diárias ficava difícil controlar porções e macros e acabava por ter imensa dificuldades em manter-me dentro dos valores calóricos permitidos, tinha fome constantemente, o que me deixava triste e por consequência me levava a ataques à dispensa como se não houvesse amanhã, esses ataques levavam me a associar a alimentação à culpa e tornou se um ciclo vicioso e cansativo...

Aprendi a distinguir a fome, da vontade de comer.
Até agora, tenho as compulsoes controladas.
Atinjo as minhas macros sem dificuldade, e devido à minha alta ingestão de gorduras boas, sinto-me saciada durante muito mais tempo.

Não quero com isto dizer que me mato de fome, o protocolo de jejum intermitente que utilizo é o que me permite 8 horas de janela alimentar, e 16 em que me limito ao consumo de água, chá e café.

Mas se por acaso tiver fome antes de completar as 16 horas, alimento me, porque sei que efectivamente é fome.
Porque aprendi a fazer a distinção entre uma coisa e outra.

Uma vez que estou praticamente ceto-adaptada, garanto que o meu corpo funciona com um combustível alternativo (gordura) ao comum (glicose). Em jejum o meu corpo vive das suas reservas de gorduras, tanto quanto do que lhe ofereço.

O jejum permite me também, libertar tantas das toxinas que o poluem e reduz de forma eficaz a inflamação.

Todos estes pontos, e alguns outros que vos sugiro pesquisar, indicam me que o JI é um benefício para a minha saúde de uma forma geral.

Sinto-me perfeitamente bem, e em momento algum passo fome.
Estou mais focada e alerta que nunca, o treinos rendem imenso, são curtos em duração, mas extremamente intensos.

Espero que fiquem esclarecidos relativamente ao 'bicho' jejum e à informação que (erroneamente) nos tem sido passada através dos mais diversos meios, de que é da nossa natureza comer de 3 em 3 horas.
É necessário parar para pensar na origem de alguns destes dogmas.

A indústria alimentar, não tem muito a ganhar com pessoas que não comem muito, é normal que nos queiram manter convictos de que a solução é comer cada vez mais.

Até porque, a maioria dos produtos que comemos, são manipulados até à exaustão de modo a que sejam pobres em gorduras, mas verdadeiras bombas químicas.

Afinal o que é que estamos a dar aos nossos corpos diariamente? Saúde ou doença?

Temos que nos munir de informação e espírito crítico e estar dispostos e disponíveis para perceber que nem tudo o que nos é válido hoje, o será amanhã.

Beijinho no coração

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Por Detrás Do Sonho

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